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Estado

Grupo de Trabalho analisará viabilidade de comercialização de créditos de carbono com empresas 3wx1i

Superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos

Superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos Foto: Marcel de Paula 1v4q8

Foto: Marcel de Paula Superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos Superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos

O Governo do Tocantins deu mais um o no processo de transação de seus créditos de carbono com a criação de um Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria Conjunta Nº 69, publicada no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira, 24. O GT tem como objetivo analisar, de forma técnica e jurídica, a construção do instrumento ou mecanismo econômico que vai viabilizar a comercialização de créditos de carbono entre o Governo do Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), e as empresas proponentes.

O grupo será coordenado pela Semarh, por sua vez representada pela superintendente de Políticas Públicas Ambientais, Marli Santos, como titular, e Mayra Dias como suplente, sendo composto também por representantes da Secretaria da Fazenda (Sefaz), da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), da Secretaria de Parcerias e Investimentos, da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Companhia Imobiliária de Participações, Investimentos e Parcerias (Tocantins Parcerias).

“O Grupo de Trabalho é fundamental para definir tecnicamente como será a estruturação do mecanismo financeiro para transações de créditos jurisdicionais de carbono florestal. O trabalho será intenso nos próximos 30 dias para viabilizar a remuneração do Estado pelo serviço ambiental de clima que ele realizou com as reduções de emissões dos gases de efeito estufa- GEE devido à diminuição de hectares desmatados”, disse Marli Santos, superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh.

A portaria cita o Programa Jurisdicional de REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) desenvolvido pelo Tocantins, que desde 2008 tem empenhado esforços para diminuir progressivamente o desmatamento ilegal e a degradação florestal no estado.

A redução gera créditos de carbono que representam o potencial de remuneração financeira do Estado pelo esforço de redução das emissões dos GEE (gases de efeito estufa) por desmatamento e degradação. Só no bioma Cerrado, essa redução pode render ao Estado recursos na ordem de US$ 1,7 bilhão de dólares até 2033, no novo mercado de carbono, segundo dados da Earth Innovation Institute (EII). Em outras palavras, reduzir a degradação ambiental e o desmatamento pode trazer dinheiro para o Tocantins, além de ajudar a diminuir os danos causados pelo aquecimento global.

Visando dar continuidade à concretização dessas transações, a Semarh buscou oportunidades de o a financiamentos climáticos do mercado de carbono, mantendo intenso diálogo com órgãos estratégicos. Um exemplo disso é o 1º Seminário Internacional sobre Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono Florestal Jurisdicional, realizado no mês de maio.

Créditos de carbono

Foi a partir das discussões do Protocolo de Kyoto, em 1997, que a utilização do crédito de carbono como um negócio nasceu. Na ocasião, foram estabelecidas metas para os principais países desenvolvidos de redução de emissões de gases de efeito estufa, que são a causa do aquecimento global. Um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa.