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Mundo Pet

A difícil decisão pela eutanásia de um pet 221b2b

Foto: Pixabay 6ss2p

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Na coluna dessa semana vamos falar sobre um assunto muito doloroso para todo tutor, que é a perda de um pet em razão do seu falecimento. Os animais de estimação estão presentes em muitas residências brasileiras e figuram como verdadeiros integrantes das famílias.

Com eles compartilhamos os momentos de alegria, algumas tristezas, mas quando chega a óbito é normal que os tutores sofram com a perda dos seus grandes companheiros. Mas, e quando essa perda vem em decorrência da eutanásia?

A origem da palavra vem do grego "Eu" (Bom) e “Thanatos” (Morte), representa um modo humanitário de matar o animal, sem dor e com mínimo estresse, e é indicada quando um pet enfrenta uma doença incurável e está em sofrimento inável.

O CFMV – Conselho Federal de Medicina Veterinária estabeleceu diretrizes na Resolução nº 1000, delineando os princípios que devem orientar essa decisão, as condições em que o paciente deve se encontrar e os métodos aceitáveis para a eutanásia.

A eutanásia é indicada, por exemplo, quando o bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a dor ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos.

“São casos em que o tratamento representa custos incompatíveis com a atividade produtiva a que o animal se destina ou com os recursos financeiros do proprietário”, completa Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do CEUB – Centro Universitário de Brasília.

Segundo Alvarenga a eutanásia exige uma decisão cuidadosa dos tutores em conjunto com o corpo médico ou veterinário responsável. Ele ainda destaca os diversos aspectos envolvidos e os impactos da prática em animais.

Ela dever ser realizada com uma conduta rigorosa pelo veterinário responsável com algumas indicações principais: quando o animal representa uma ameaça à saúde pública, à fauna nativa ou ao meio ambiente; quando é objeto de atividade científica aprovada por uma comissão de ética; e quando um tratamento se torna financeiramente inviável para o proprietário.

A última indicação, conforme alerta Alvarenga, pode gerar desconforto, sobretudo quando a dificuldade se trata de conseguir atendimento em redes públicas de saúde animal.

“O veterinário não deve realizar a eutanásia de um animal se houver possibilidade de tratamento viável e se o paciente não atender às indicações estabelecidas pelo Conselho. A posse responsável e o respeito devem guiar todas as decisões relacionadas ao seu cuidado”, pontua Alvarenga.

Alguns locais oferecem e psicológico para tutores que am pela perda de um animal ou pela difícil decisão da eutanásia, reconhecendo o vínculo emocional profundo que existe entre eles.

Os próprios profissionais veterinários que realizam a eutanásia também podem necessitar de apoio psicológico, dada a natureza emocionalmente desafiadora desse procedimento.

Quando um paciente é diagnosticado como terminal, o médico veterinário afirma que o objetivo a a ser proporcionar o melhor conforto possível no tempo restante de sua vida, seja ele breve, como dias ou algumas poucas semanas, devido a uma variedade de condições, como doença oncológica, viral, ou disfunção orgânica irreversível.

O diálogo constante com os tutores é essencial para que estes compreendam o prognóstico e possam tomar decisões informadas sobre o cuidado de seu animal de estimação. A partir da opção pela eutanásia, o cuidado clínico do paciente envolve uma abordagem de enfermagem combinada com terapias medicamentosas e nutricionais.

No caso de doenças infecciosas contagiosas tratáveis, surgem debates sobre a decisão de realizar ou não a eutanásia, levando em conta fatores como o bem-estar do animal, a segurança do ambiente e a capacidade de tratamento disponível na região.

“A capacidade de tratamento pode variar significativamente entre diferentes localidades, desde cidades do interior até grandes capitais, o que influencia bastante nas decisões a serem tomadas”, finaliza Alvarenga.