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Depois de relatora optar por prazo para ajustar contratados, ministros adiam término de julgamento 1a4x5u

Ministra Carmem Lúcia sugeriu prazo de 18 meses para reajuste

Ministra Carmem Lúcia sugeriu prazo de 18 meses para reajuste Foto: Divulgação 2k26p

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O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4125 impetrada pelo PSDB que pede a demissão de mais de 21 mil comissionados na estrutura istrativa será retomado nesta quinta-feira, 10 pelos ministros. Depois da ministra relatora Carmem Lúcia julgar a ação procedente e propor prazo de 18 meses para que os comissionados sejam substituídos, os ministros iniciaram uma discussão em torno do assunto mas a transferiram para esta quinta.

O prazo, segundo a ministra, se deve ao fato de mais da metade dos servidores da máquina serem comissionados, o que causaria um caos istrativo. No final do seu relatório ela pontuou a necessidade de substituição total dos servidores.“Pararia tudo se nós simplesmente declararmos inconstitucional”, afirmou.

No início do julgamento, a ministra leu seu relatório sobre a Ação informando os artigos da lei questionada pelo PSDB. A ministra explicou como o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) recontratou os servidores através de projeto de lei aprovado pelos deputados na Assembleia Legislativa.

A ministra reafirmou que no Estado há mais servidores comissionados do que efetivos e informou as alegações do governo em torno das justificativas para a recontratação dos servidores. A ministra mencionou a petição protocolada pelo PSDB junto ao Tribunal pedindo a desistência da ADI.

Falando sobre a hipótese de exoneração, a ministra falou que os prejuízos para o Estado seriam enormes. Carmem Lúcia disse também que não há como o STF saber a necessidade ou não de cada cargo comissionado criado na estrutura istrativa, segundo ela esse levantamento é “inviável tecnicamente”, frisou.

Citando alguns cargos, a ministra falou que é óbvio a falta de necessidade em nomear alguns cargos mas voltou a frisar que a exoneração causaria uma “paralisação da máquina istrativa”.Ela lembrou o julgamento sobre o assunto em agosto de 2008 e afirmou que o Estado na oportunidade foi alertado sobre a disparidade entre os contratados e comissionados.

A ministra argumentou ainda a necessidade de realização de concurso para aumentar o número de efetivos. Carmem Lúcia frisou bem a “quebra da proporcionalidade” nos cargos. “Os cargos não se revestem da natureza prevista constitucionalmente”, afirmou.

O ministro Gilmar Mendes no fim do debate sugeriu que o Ministério Público acompanhe a questão e criticou a falta de ações para controlar as contratações.Ele afirmou que o alto número de cargos é um “abuso escancarado”. O assunto será o primeiro item da pauta desta quinta, 9.

Alegações

O relatório da ministra e ainda o início do debate vieram depois da sustentação oral do PSDB e do governo do Estado. O advogado do PSDB disse que o Estado tem um exército de cabos eleitorais. Veja aqui as alegações da defesa e da acusação.